quinta-feira, 8 de abril de 2010

JUREI-TE DE MORTE !


Sim, não te suportava mais. Tua simples presença já era motivo suficiente pra me causar enjôos e ira. Quando tu me assediavas
e encostavas tuas patas em minha pele, a repugnância e a injuria se instalavam em mim. Vinha lá dentro o mais profundo asco e um desejo imoral de te matar.

Flagrei-me premeditando a hora e a forma de acabar com tua raça! Constatei de forma cruel que havia uma vil assassina dentro de mim e nada pude fazer pra mudar. E tu? Tu continuavas passando por mim com teu habitual escárnio, tua habitual puerilidade. Me parecia um deboche ou sarcasmo! Oh! Tu nem sabes o quanto te odiei todas aquelas vezes que te encontrei!

Havia chegado o momento tão esperado e constatei, de forma totalmente estranha para mim, que consolidaria o prazer de ver teu sangue jorrando. Eu estava tremendo de febre há dias por tua causa e, cheia de ódio , alimentava o desejo de acabar com tua vida.

Naquele instante que passaste por mim novamente, fazendo aquele teu insuportável gracejo que parecia zombar de mim ... Oh, fúria incontrolável!
Veio a tona uma explosão de raiva contida da humilhação e do nojo que me causavas! Fiquei cega e, num ímpeto, golpeei-te com força e com as duas mãos. Sei que não és tão grande assim, és até miúdo e insignificante. Mas meu golpe foi pra matar um elefante. E ...te esmaguei! Sim, te esmaguei!!
Que prazer ao ver teu sangue em minhas mãos.
Mosquito miserável! Vinguei-me de ti!
Não passarás DENGUE a mais ninguém!

Marisa Queiroz
marisa.queiroz@terra.com.br

sexta-feira, 12 de março de 2010

CIAU, AMORE !


Ja te volim...
Disse ele um dia

Je t'aime...
Respondeu ela com langor

I love you..
Você acredita?
Ti amo...
Com todo fervor!

E ele se foi
Sem qualquer explicação
Ela ficou
E não quis saber a razão

Amor estrangeiro
Que não traduz a emoção
Deixa vazio o peito
E vai numa onda de verão

Ciau, amore!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

DIZEM QUE SOU "CERTINHA"...


Já ouvi muito essa bobagem de dizerem que sou certinha e que não sou capaz de pecar. Dizem que além de ingênua, sou romântica, e que além de crédula no amor, vivo a me apaixonar.

Dizem e dizem porque muitos não sabem quem eu verdadeiramente sou e me julgam pelo que não podem adivinhar. Mas eu nem ligo pois, que mal existe em amar e se entregar? Neste sentido, sou certinha, sim, especialmente quando falo de meus sentimentos. E sou muito romântica quando sinto o coração disparar. Tenho o olhar ingênuo de quem descobre o amor como se fosse pela primeira vez.
Romantizo meus amores e em certos momentos acredito que cada um deles é único e insubstituível. Ah, como me ufano do amor quando estou envolvida com ele!

Sou mulher de amar um único homem, por vez, e por toda minha eternidade. Sou ingênua a ponto de acreditar que cada amante é um príncipe encantado com direito a cavalo branco e coroa de ouro. E como gosto de ser despertada por esses príncipes com a vibração sôfrega e túmida de seus beijos apaixonados.

E enquanto eles me levam ao reino do amor, em cavalgadas loucas e desenfreadas, fantasio em meus sonhos e devaneios, que a vida é um conto de fadas e que seremos felizes para sempre, até que a morte ou o fim da história venha nos separar.

Marisa Queiroz
marisa.queiroz@terra.com.br